A tensão comercial entre China e Estados Unidos ganhou mais um capítulo nesta semana. Em resposta às medidas impostas pelo governo norte-americano, Pequim anunciou uma tarifa de 84% sobre produtos dos EUA. A decisão não apenas amplia a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, como também causa impactos diretos nos mercados globais. Neste artigo, vamos entender o que motivou essa retaliação, como ela afeta a economia global e o que esperar nos próximos desdobramentos.
China anuncia nova tarifa de 84% sobre os EUA
A China elevou as tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para 84%, representando um aumento de 50 pontos percentuais em relação à taxa anterior. Essa medida reflete uma retaliação direta às sanções comerciais impostas por Washington, intensificando ainda mais a disputa comercial.
Declarações oficiais da China
Segundo o governo chinês, a decisão é uma resposta firme ao que considera uma atitude de intimidação por parte dos EUA. A China afirmou que está aberta ao diálogo, mas que isso só acontecerá com base na igualdade, respeito e benefício mútuo.
“Os Estados Unidos continuam abusando das tarifas para pressionar a China. A China se opõe firmemente a isso e jamais aceitará esse tipo de intimidação”, disse um porta-voz oficial.
Posição da China na OMC
A China também levou sua preocupação à Organização Mundial do Comércio (OMC), denunciando que as ações americanas ameaçam a estabilidade do comércio global. Em um comunicado obtido pela Reuters, o governo chinês classificou a situação como perigosa e manifestou firme oposição à escalada tarifária.
Mercados reagem negativamente ao aumento das tarifas
A notícia da retaliação chinesa impactou imediatamente os mercados financeiros. As bolsas mundiais, que já operavam em queda, ampliaram as perdas com o anúncio. Os investidores temem que o impasse leve a uma guerra comercial prolongada e profunda entre China e Estados Unidos.
Impacto no mercado brasileiro
No Brasil, a reação também foi negativa. O dólar disparou e chegou a ser negociado a R$ 6,10 no início da manhã. Já o Ibovespa, principal índice da B3, operava em queda, refletindo o clima de incerteza global.
- Principais números do mercado brasileiro:
- • Dólar comercial chegou a R$ 6,10 e depois recuou para R$ 6,05.
- • Ibovespa operava em baixa durante a manhã.
Desempenho das bolsas europeias
Na Europa, o cenário também foi de queda generalizada. As principais bolsas operavam no vermelho por volta das 10h20.
- Confira os índices:
- • DAX (Alemanha): -2,86%
- • CAC 40 (França): -3,14%
- • FTSE 100 (Reino Unido): -2,80%
- • Itália 40: -2,91%
- • IBEX 35 (Espanha): -2,28%
- • AEX (Holanda): -3,13%
- • SMI (Suíça): -4,90%
Reação das bolsas asiáticas
Na Ásia, o cenário foi misto. Enquanto China e Hong Kong apresentaram leve alta, Japão e Coreia do Sul fecharam em queda.
- Principais índices asiáticos:
- • CSI 1000 (China): +2,21%
- • Hang Seng (Hong Kong): +0,68%
- • Nikkei 225 (Japão): -3,78%
- • Kospi (Coreia do Sul): -1,74%
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