Cerca de 50% da Geração Z não quer trabalhar presencialmente porque não poderão assistir às suas séries favoritas em casa

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O trabalho remoto tem transformado a dinâmica profissional, especialmente entre os mais jovens. Para a Geração Z, que cresceu em um mundo digital, a relação com o trabalho é diferente das gerações anteriores. Um dos pontos de maior discussão atualmente é o uso de serviços de streaming durante o expediente.

O Streaming no Home Office: Realidade ou Problema de Produtividade?

Uma pesquisa recente do serviço de streaming Tubi revelou que:

  • 84% dos trabalhadores da Geração Z assistem a serviços de streaming enquanto trabalham de casa.
  • 53% admitiram que já adiaram tarefas para terminar um episódio de série ou filme.

Isso levanta uma questão: o streaming é realmente um problema ou apenas parte de uma nova forma de produtividade?

Streaming Como Ferramenta de Concentração

Trabalhar remotamente pode ser solitário, e o streaming pode atuar como um aliado para muitos profissionais. Alguns motivos incluem:

  • Preenchimento do silêncio: Ambientes silenciosos podem ser desconfortáveis para quem está acostumado com interações constantes.
  • Estimulação do cérebro: Pequenas pausas com conteúdo de entretenimento podem ajudar a manter a atenção.
  • A técnica do “Body Doubling”: A presença virtual de outra pessoa (mesmo que na tela) pode melhorar o foco e reduzir a sensação de isolamento.

Segundo Cynthia Clevenger, vice-presidente sênior de marketing B2B da Tubi, o consumo de streaming não é apenas lazer: é uma forma de equilibrar produtividade e bem-estar.

A Desconfiança das Empresas Sobre o Trabalho Remoto

Muitos CEOs, como Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, acreditam que os jovens profissionais são menos produtivos fora do escritório. Alguns dos principais argumentos das empresas contra o trabalho remoto incluem:

  • Falta de supervisão direta: Gestores temem que a produtividade caia sem um controle mais próximo.
  • Dificuldade em medir resultados: Algumas empresas ainda utilizam métricas tradicionais de produtividade.
  • A “fauxductivity”: Estudos mostram que millennials e Gen Zers são propensos a fingir produtividade sem necessariamente produzir.

Adaptar ou Controlar? O Dilema dos Empregadores

O desafio das empresas não é apenas policiar o uso do streaming, mas entender novas formas de trabalho. Meisha-ann Martin, diretora de análise de pessoas na Workhuman, afirma que o foco deveria estar em:

  • Criar ambientes mais flexíveis para atender às necessidades da nova geração.
  • Redefinir produtividade com base em resultados, e não apenas na presença.
  • Evitar a cultura da punição e adotar estratégias que favoreçam a autonomia.

O Futuro do Trabalho: Regras Rígidas ou Flexibilidade?

Mais da metade da Geração Z reluta em voltar ao escritório por perder a liberdade que o home office proporciona. A CEO da Career Nomad, Patrice Lindo, ressalta que a solução não é proibir o entretenimento, mas sim repensar a forma como entendemos o foco e a produtividade.

A tendência do futuro do trabalho aponta para ambientes mais flexíveis, nos quais a autonomia do colaborador será fundamental. Afinal, produtividade não é sobre onde se trabalha, mas sim sobre o que se entrega.


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